segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

E já se passaram dois anos!


Lembrei-me no outro dia, a propósito das dores que ando no meu joelho direito, que fez este mês dois anos desde o nosso acidente de viação. Hoje, olhando para trás, temos a sensação que foi há muito mais tempo e conseguimos falar do assunto sem os dramatismos (meus, claro) de outrora. 
Pois que não vou estar aqui a descrever o acidente ou a lamentar-me da minha sorte malvada. Vou antes falar do facto de juntos termos conseguido ultrapassar as mazelas físicas e psicológicas que esta experiência causou, principalmente para mim enquanto condutora. Foi um processo demoroso até recuperar do choque e eu conseguir voltar a conduzir. Mas consegui, aliás conseguimos!
Para os curiosos posso desde já dizer que o acidente não foi por excesso de velocidade, álcool nem nada semelhante. Simplesmente um cálculo de distância mal feito, distracção, inexperiência, nem sei bem ao certo, confesso. Os mais religiosos diriam que fomos salvos por algo superior, os mais cépticos dirão que valeu-nos o cinto de segurança que nos segurou de tal forma que ficámos com dores nos músculos intercostais durante umas valentes semanas...Mas a recuperação física fez-se rapidamente. Num mês e meio estávamos totalmente recuperados!
Esta experiência que acabamos involuntariamente por passar fortaleceu a nossa relação, uniu-nos. Mas principalmente fez-nos olhar para a vida de outra forma. Ver a morte a abrir-nos a porta mudou a nossa mentalidade, mais a minha. Nunca tinha sido confrontada com uma situação do género e assustou-me poder morrer, poder perdê-lo, poder deixar de ver as pessoas que adoro. Compreendemos que de facto não podemos controlar totalmente a nossa vida e que nada está garantido.
Naturalmente também a nossa relação com a estrada mudou. Ficámos mais conscientes enquanto condutores em relação à nossa condução e à dos outros condutores. De facto quando tiramos a carta de condução achamos que já sabemos conduzir e que os acidentes só acontecem aos outros até ao dia em que somos testados em cenários que não vêm nos testes teóricos nem práticos e conseguimos mandar o nosso querido carrinho para a sucata.
Posto isto resta-nos continuar a juntar trocos para conseguirmos comprar outro carrinho, que mesmo não sendo um bem essencial, muito menos nesta altura, faz-nos alguma falta. Pode ser que nos saia o Euromilhões esta semana ou então que os nossos queridos leitores façam um peditório para nos oferecer. Nunca se sabe!


Boa semana!
Sejam felizes.

3 comentários:

  1. Obrigado pelo belo texto.

    Uma boa semana

    beijos

    homem sem blogue
    homemsemblogue.blogspot.pt

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  2. Escreve se cinto de segurança e não sinto. Sinto é do verbo sentir...

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  3. Obrigado pela chamada de atenção caro/a anónimo/a :)

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