terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Cenas ao quadrado

  

Ás vezes não resistirmos em chatear-mo-nos com coisas parvas. Desenterramos assuntos que nos magoam. Acha-mo-nos donos da razão. Magoamos os outros por orgulho. Teimamos porque sim. Complicamos o simples e simplificamos o complicado. Cobramos justiça quando muitas vezes somos injustos. Somos intolerantes e impacientes. Exigimos que os outros ajam da mesma maneira que nós. Usamos mal as palavras e somos mal entendidos. Cala-mo-nos quando devemos falar e falamos quando devíamos estar calados. Achamos que é o fim do mundo quando falhamos. Valorizamos pouco aquilo que a Natureza nos dá. Damos o peito às balas e esperamos que façam o mesmo por nós. Dizemos mentiras que acabam por magoar mais que a verdade. Erramos, voltamos a errar e não aprendemos. Não queremos ver o que às vezes está mesmo à nossa frente. A desilusão leva-nos a perder confiança nas pessoas. Acreditamos que merecemos melhor quando muitas vezes não damos o nosso melhor. Julgamos as coisas sem saber realmente os factos. Tomamos partidos porque é inevitável. Temos inveja dos outros e os outros têm inveja de nós. Não sabemos perder ou então fingimos que sabemos. Esquece-mo-nos que os nossos olhos espelham aquilo que sentimos e não dizemos. Somos cépticos mas nas alturas de aperto rezamos a todos os santinhos... 
Somos humanos e por isso somos naturalmente imperfeitos. No fundo procuramos todos o mesmo, a felicidade. Felicidade esta que é relativa mas que muitas vezes está nas pequenas coisas que nós não conseguimos ver porque andamos cegos com o que não importa. Viver feliz é um desafio constante e ser genuinamente feliz é uma aprendizagem.

Bons sonhos. Até amanhã! 

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