Pois que ele foi para Amesterdão
ver a paixão dele e eu fiquei cá com o coração nas mãos a pensar na viagem de
carro de quase 24 horas. Mas confesso que já estou a tirar proveito da minha
casinha só para mim, nomeadamente da cama, da televisão e da casa de banho de
manha. Pequenos privilégios que estou a curtir antes do "patrão"
regressar. Também estou a aproveitar para por a leitura em dia, começar
finalmente a fazer um plano de negócios e marcar os malditos cafés que andam
pendentes há tanto tempo. Ha que tirar a barriga da miséria durante os próximos
5 dias! Também sabe bem estar sozinha, fazer as coisas ao meu tempo e outros
programas de gaja. No fundo ser egoísta e todos precisamos de o ser um bocadinho e as
vezes podemos cair no erro de nos esquecer disso.
Claro que com o passar dos dias
as saudades começar a bater a porta, a cama vazia ja não sabe tão bem,
chegamos a conclusão que e bom termos companhia a mesa, entre outras coisas.
Mas faz parte, faz parte ter saudades sejamos novos ou velhos, estejamos juntos
há muito ou pouco tempo. Porque no fundo todos gostamos de ter a companhia da
nossa (suposta) cara-metade. Mas saber lidar com a saudade, a distância e o tempo
também definem e determinam um relacionamento. E de repente dei por mim a pensar
se esta ausência fosse mais regular, se ele tivesse de ir para outra cidade ou
pais trabalhar (que começa a ser uma hipótese viável) como seria a nossa
relação? Como e que eu iria reagir? Ficava ou ia? Será que a distância muda totalmente uma
relação? Sobreviveríamos? Quem sabe...
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